quinta-feira, 14 de novembro de 2013

No Place Like Oz (Dorothy Must Die, #0.5)


Nome:  No Place Like Oz
Autor: Danielle Paige
Gênero: Young-adult, Fantasia, Releituras
Editora: Harper Collins, 196 páginas
Série: Dorothy Must Die, #0.5
Ano de Publicação: 2013


Sinopse:  After returning to Kansas, Dorothy Gale has realized that the dreary fields of Kansas don’t compare to the vibrant landscapes of Oz. And although she’s happy to be reunited with Aunt Em, she misses her friends from the yellow brick road. But most of all, Dorothy misses the fame and the adventure. In Kansas she’s just another prairie girl, but in Oz she was a hero. So Dorothy is willing to do anything to get back, because there really is no place like Oz. But returning to the land she left comes at a price, and after Dorothy is through with it, Oz will never be the same.

Perfect for fans of Alex Flinn, Marissa Meyer, and Gregory Maguire, No Place Like Oz is a dark reimagining of The Wonderful Wizard of Oz by L. Frank Baum. Building off of its rich mythology, Danielle Paige creates an edgy, thrilling story for teens that chronicles the rise and fall of one of the literature’s most beloved characters. This digital original novella is a prequel that sets the stage for the forthcoming novel Dorothy Must Die.


Resenha:
                Como diz na própria sinopse, esse é um conto que originalmente seguiria o que aconteceu depois que Dorothy voltou pro Kansas, após suas aventuras em Oz. Eu descobri esse livro um tempo atrás, e quando li a sinopse de “Dorothy Must Die”, quem morreu de verdade foi eu, porque o livro só sai em abril. E assim, baixei o conto que precede o livro e continuei na estrada de tijolos amarelos busca por um bom livro.
                E “No Place Like Oz” não decepcionou. Apesar de ser um conto, conseguimos ter uma noção do estilo de escrita de Danielle Paige, e uma ideia de como será essa nova série. O livro se passa rapidamente, com acontecimentos que mal deixam a gente respirar, e a voz de Dorothy é bem distinta.
                Para falar bem a verdade, nunca fui fã do Mágico de Oz. Gostava de uma versão de desenho, que eu assistia de vez em quando, mas não era algo que eu gostava de fazer sempre. Para ser sincera, Oz sempre pareceu um pouco de chateação para mim, e Dorothy é uma personagem meio apagada. Mas tudo bem, já assisti a outras adaptações, e particularmente gostei da nova com o James Franco – pelo menos no quesito cenário. Então quando vi a sinopse de Dorothy Must Die, foi algo que me deixou empolgada e ao mesmo tempo um pouco ressabiada. Adorei a premissa, mas ainda estava com um pé atrás. E esse conto ajudou muito em decidir minha leitura.
                Então, sim, eu adorei “No Place like Oz” – e definitivamente lerei o próximo. A boa notícia é que tecnicamente, você não precisa ler o Mágico de Oz para saber o que está acontecendo – se viu o filme ou leu quando pequeno, ou tem uma noção da coisa, pode seguir adiante tranquilamente. Ou para os mais necessitados, ver o resumo da trama na Wikipédia (risos). Enfim, é um livro que vai super rápido, com uma trama básica – mas que nos mostra como Dorothy conseguiu voltar a Oz, e porque ela se tornou meio maléfica depois. Adorei ver essa parte mais dark da história, e Dorothy é uma personagem forte. Não simpatizei por completo com suas razões, mas eu conseguia entender como ela havia chegado a suas conclusões.
                Foi bacana também ver Oz pelos olhos de outro autor, e Danielle não decepciona. Suas descrições são vívidas e bem escritas, e a trama segue com um passo firme. Os personagens são ótimos também, e adorei poder dar essa nova chance a uma história que parece bem batida.
                Enfim, adorei de verdade essa história. Fiquei absolutamente maluca por ela, e não vejo a hora do livro em si ser publicado e podemos ver mais de toda essa trama e dessa Oz sombria governada por uma Dorothy das Trevas. Altamente recomendado, e uma prequel que vale realmente a pena ler enquanto esperamos pelo primeiro livro.
E pra quem quer ver mais sobre o primeiro livro da saga, “Dorothy Must Die”, aqui está o link para o goodreads: https://www.goodreads.com/book/show/18053060-dorothy-must-die
               

Nota: 4.5/5

Quote: “For everything that is wonderful, there’s something wicked, too. That’s the price you pay for magic”


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

The 100 (The Hundred, #1)


Nome:  The 100
Autor: Kass Morgan
Gênero: YA, Distopia
Editora: Little Brown, 336 páginas (Lançamento da Galera Record no Brasil marcado para Dezembro)
Série: The Hundred, #1
Ano de Publicação: 2013


Sinopse:  In the future, humans live in city-like spaceships orbiting far above Earth's toxic atmosphere. No one knows when, or even if, the long-abandoned planet will be habitable again. But faced with dwindling resources and a growing populace, government leaders know they must reclaim their homeland... before it's too late.

Now, one hundred juvenile delinquents are being sent on a high-stakes mission to recolonize Earth. After a brutal crash landing, the teens arrive on a savagely beautiful planet they've only seen from space. Confronting the dangers of this rugged new world, they struggle to form a tentative community. But they're haunted by their past and uncertain about the future. To survive, they must learn to trust - and even love - again.



Resenha:
                Vejam bem, eu adorei a premissa de ‘The 100’, porque como vocês todos já sabem, eu amo romances distópicos. E uma que adolescentes são mandados para ver se os humanos podem voltar ou não para a Terra depois de um Guerra Nuclear? Me cativou assim que eu li a sinopse.
                Contudo, a história em si não foi lá as mil maravilhas. A autora escreve muito bem, mas é principiante – e o que eu senti falta mesmo foi recheio na história. Não tinha praticamente nenhum – pouquíssimas descrições, diálogos concisos e tudo mais. Geralmente isso pode ser um ponto positivo, mas no caso de “The 100” foi um problema porque praticamente não conhecemos nada desse mundo. O que gerou a Guerra? Como são as Espaçonaves? O sistema de controle? Recebemos menções vagas de tudo isso durante o livro mas nenhuma explicação direta. Basicamente, são uns nomes flutuando por aqui e ali e nós leitores tendo que ver na bola de cristal para adivinhar do que se trata.
                Esse aprofundamento da coisa – o recheio como um todo – faltou em todos os aspectos do livro. Faltam mais detalhes da história, mais descrições de cenários e até o aprofundamento dos personagens. Apesar de eu ter gostado da trama – que não é nada brilhante nem nada assim – parece que tudo é tratado com muita superficialidade. As coisas acontecem correndo, mal dá tempo de acompanhar. É claro que isso faz do livro uma leitura super rápida, mas não dá tempo de se afundar dentro da história.
                Principalmente com o final – aliás, uma ideia muito legal, faltou a construção de um suspense. O ponto do livro é esse, na verdade: construção do suspense. Há muitas coisas legais, conectadas, e o que aconteceu no passado se relacionando com o presente é simplesmente genial, mas não há suspense de modo algum. Tem momentos que se dariam dignos de um drama e lágrimas, mas a autora narra de um jeito tão chato e sem profundidade que o máximo que conseguimos fazer é dizer um “oh!”.  É como se o livro fosse narrado em uma linha reta e num monólogo infinito e tedioso – não há momentos em que dá vontade de pular a cadeira, jogar o livro no chão nem nada disso, porque não dá pra sentir o clima do livro.
                Depois de ter feito três parágrafos de reclamação, vou aos pontos de que eu realmente gostei: a história. Gostei muito, principalmente como todos os fatos se relacionam entre si, o passado e o presente. Não tem nada de novo nessa trama, mas admito que quando cheguei no final me arrepiei toda (aliás uma das únicas emoções fortes que senti no livro, vou ser bem sincera). Gostei muito dos personagens – eles todos tem um potencial enorme, mas parecem mal aproveitados. Dá pra ver que por baixo deles tem mil e uma emoções prestes a explodirem e entrarem em conflito, e é uma pena isso ser pouco aproveitado.  E a leitura foi extraordinariamente rápida, recheada de cenas de ação e contrastes.
                No geral, eu gostei, mas dá pra melhorar – e muito. Estou esperando que a Kass Morgan resolva logo esse problema de construção de cena, porque essa série tem muito potencial e eu odeio ver isso desperdiçado.
                E pra ficar num clima melhor, deixo vocês com o trailer da série que irá estreiar baseada no livro. Nenhum dos personagens é como eu os imaginei, mas foi assim que eu descobri o livro. E é claro que vou acompanhar a série, né?!




               
Nota:  3.5/5

Quote: “When will we get to go home?” asked a boy who didn’t look much older than twelve.

“We are home”

sábado, 26 de outubro de 2013

Estranho Caso do Yoda de Origami (Yoda de Origami, #1)


Nome:  O estranho caso do Yoda de Origami
Autor: Tom Angleberg
Gênero: Comédia, Infantil
Idioma:  Já traduzido
Título Original: The Strange Case of Origami Yoda
Editora: Sextante, 160 páginas
Saga: Origami Yoda
Ano de Publicação: 2010

Sinopse:  DOUG É UM GAROTO MUITO, MUITO ESTRANHO. Ele sempre faz coisas esquisitas, como usar a mesma camiseta durante um mês, dançar feito maluco e se deitar no chão da biblioteca. Isso é constrangedor, principalmente para Tommy, que passa o recreio com ele todos os dias. Por outro lado, Doug faz uma coisa muito legal: origamis. Um belo dia, ele cria um dedoche de origami do Yoda, o sábio personagem da saga Guerra nas estrelas. E aí tem início um grande mistério. O Yoda de Origami prevê o futuro e sempre sabe como lidar com uma situação difícil. Seus conselhos funcionam mesmo e logo a maioria dos alunos da escola está fazendo fila em busca de soluções para seus problemas.
Tommy não entende como o Yoda de Origami pode ser tão sagaz se o Doug é tão sem noção. Será que o Yoda está usando a Força? Tommy precisa resolver esse mistério antes de aceitar seu conselho sobre uma garota. Este é o relatório que Tommy preparou ao investigar O estranho caso do Yoda de Origami. Para torná-lo imparcial, ele incluiu os comentários de Herbert, um colega que nunca acreditou no Yoda de Origami. Também pediu a opinião de Kevin, que só fez uns rabiscos em volta do texto. Veja como ficou!


Resenha:
Não vou me defender com relação as minhas escolhas de leitura – sim, eu leio de tudo mesmo. Inclusive livros desse tipo, que a maioria corre amedrontada e não quer nunca mais ver.
Ao melhor  estilo do “Diário de um Banana”, a história é mais levada como uma “investigação” feita pelo personagem principal, Tommy. O livro possui uma série de desenhos – e comentários feitos pelos amigos de Tommy na escola – que o deixa ainda mais engraçado. Como qualquer boa fã de Star Wars, diga Yoda e eu já estarei correndo na sua direção, então não resisti a comprar o livro e descobrir o que diabos fazia o Yoda de papel. O caso todo se revolve ao redor de Doug, um menino esquisito que resolve fazer um origami do Yoda, e dar conselhos aos outros alunos (chegando até a trocar a ordem das palavras). Cada capítulo é contado por um aluno diferente, suas experiências e conselho dado pelo Yoda de Origami. Isso tudo foi compilado por Tommy, eu precisa decidir se aceita um dos inúmeros conselhos do Yoda – e que pode deixá-lo numa situação embaraçosa.
Os personagens são engraçados – quem não dá risada com as trapalhadas das crianças da quarta série? Aposto que você lembra bem das suas -, a leitura é extremamente rápida, e ainda dá pra dar altas risadas com os absurdos da história e os desenhos mal feitos. A história em si pode não ser das melhores, mas é um livro infantil para se distrair, e que eu achei que realmente valeu a pena. A força, ela com você sempre vai estar.

Aliás, fica o pedido: CADÊ O PRÓXIMO QUE É COM O DARTH VADER, SEXTANTE??

Nota:  4/5


Quote: Didn't Gandalf say "With great power comes great responsibility"? (If it wasn't Gandalf, maybe it was Thomas Jefferson. Or Spider-Man's uncle.)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros


Nome: Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros
Autor:  Seth Grahame-Smith
Gênero:  Histórico, Ficção, Aventura
Idioma:  Já traduzido
Título Original: Abraham Lincoln, Vampire Hunter
Ano de Publicação: 2010

Sinopse:   Indiana, 1818. Sob o luar que se insinua por entre a densa floresta, uma pequena cabana se destaca. Dentro dela, o pequeno Abraham Lincoln, com apenas nove anos, está ajoelhado ao lado da cama em que a mãe agoniza, acometida do que os antigos chamavam de doença do leite.
Meu pequeno bebê..., sussurra ela antes de morrer. Anos mais tarde, o magoado Abe descobriria que o mal que vitimou sua mãe foi, na realidade, obra de um vampiro.
Então, quando a verdade se revela ao jovem Lincoln, ele registra em seu diário: (...) minha vida será rigorozamente estudar e me dedicar. Aprenderei tudo. Tornarei-me um guerreiro maior que Alexandre. Minha vida terá um único propósito. Dotado de impressionantes altura, força e habilidade com a machadinha, Abe traça um plano de vingança que acabará por levá-lo à Casa Branca.
Seth Grahame- Smith reconstitui a história real do maior presidente da história norte-americana e desvenda todos os segredos da Guerra de Secessão, além de revelar o papel crucial que os vampiros desempenharam no nascimento, na ascensão e no (quase) declínio dos Estados Unidos.


Resenha:
Confesso por meio desta que a reação que tive ao ver este livro, pela primeira vez em uma livraria, foi um grande “NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOO”, acompanhado de vários pontos de exclamações e alguns palavrões. É um absoluto sacrilégio. Estou cansada de vampiros. Chega. Não agüento mais. É um absurdo. Ainda por cima essa.
Então imaginem a minha surpresa quando minha mãe irrompe pelo quarto e praticamente joga o livro na minha cara, dizendo que precisava começar a lê-lo imediatamente. Principalmente porque você nunca desobedece minha mãe em sã consciência, tratei de terminar o livro logo (esperando reclamar do começo ao fim).
O pior – ou melhor, dependendo do ponto de vista -, é que nem tive uma oportunidade para fazer isso. O livro é inacreditavelmente bom.
Primeiro que Smith nos prende com uma leitura chamativa, criativa, e começando de um jeito nada convencional. A não ser pelo fato de nos primeiros capítulos, a história parecer chata pra dedéu, o livro continua em ritmo acelerado. Não tem como não simpatizar com Lincoln, esforçado e trabalhador, com Henry – um vampiro que caça os próprios vampiros, e outros caçadores e personagens históricos que aparecem ao longo da trama. Smith consegue balancear perfeitamente os fatos históricos e essa vida escondida que o futuro presidente levava, tudo por causa de criaturas do submundo. Além disso, essa conciliação só nos faz interessar mais pela história da guerra civil americana e pelo próprio presidente (ambos assuntos pelo qual sou avidamente interessada, principalmente se envolvem romances bons). Acho que isso é um dos fatores mais importantes, já que de nada adianta não conhecer a história oficial de um homem importante como esse. A leitura se dá extremamente rápido, enquanto o narrador alterna entre a vida de Lincoln, recontada pelo diário, e a sua própria – envolvendo todos seus problemas para escrever essa biografia. Ela contém certos pedaços do diário, da história americana da época (incluindo uma explicação vampiresca sobre a escravidão vantajosa no sul. Sangue de graça!) e alguns trechos de discursos que Abraham Lincoln fez na Casa Branca.
No mais, foi nada menos do que um livro surpreendentemente bom, que excedeu minhas expectativas – ao mesmo tempo em que eu me divertia a beça. Autores sarcásticos, você sabe como é. Só não posso deixar de recomendar para qualquer um que tenha algum interesse por história, matança de vampiros e um pouco de humor.
Principalmente agora que até vai sair um filme – e com produção de ninguém menos que Tim Burton. Acho que dessa vez ele pirou mais do que eu.


Nota:  5/5


Quote:  “Without death,' he answered, 'life is meaningless. It is a story that can never be told. A song that can never be sung. For how would one finish it?”

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Partials (Partials Sequence, #1)


Nome: Partials
Autor: Dan Wells
Gênero: Ficção, Distopia, Young Adult
Editora:  ID, 440 páginas
Série: Partials, #1
Ano de Publicação: 2012


Sinopse:  A raça humana está quase extinta após a guerra com os Partials – seres criados em laboratório, idênticos aos humanos. Eles liberaram o vírus RM, ao qual apenas uma pequena parte da população é imune. Os sobreviventes da América do Norte se reuniram em Long Island ao mesmo tempo que os Partials se retiraram da guerra misteriosamente.
Kira é uma médica em treinamento que vê, dia após dia, todos os bebês morrerem, pouco tempo após o nascimento. Há mais de uma década nenhum nasce imune ao RM. O tempo está se esgotando e, com ele, a esperança.
Decidida a encontrar a cura, Kira descobrirá que a sobrevivência dos humanos tem muito mais a ver com as ligações entre eles e os Partials do que se imagina. Ligações das quais a humanidade se esqueceu, ou simplesmente não sabia que existiam...


Resenha:
                Partials foi a minha leitura mais recente para o clube do livro do qual eu participo via internet. Eu não fui fã da capa, mas li a sinopse e me interessei. Distopia é um dos meus gêneros favoritos de literatura, e eu, é claro, não pude resistir a leitura de mais um.
                Partials é, no geral, uma distopia bem genérica – apesar de ter um fator adicionado de um pouco de ficção científica à la Admirável Mundo Novo. Não esperem nada de absolutamente inovador nem algo do gênero, é simplesmente mais uma distopia com a qual se pode perder-se e distrair-se um pouco. No começo, o livro é muito lento, e demorou muito para me prender. Não entendia como funcionava a sociedade e o autor parece que não faz muito esforço para que entendamos, e, portanto, o começo da história simplesmente se arrasta e parece algo muito chato. Foi uma coisa bem difícil de começar e ele realmente não me prendeu logo de cara.
                Depois que passamos lá da página 70 do livro, aí sim as coisas começam a ficar mais legais. O maior defeito do livro, foi, realmente, o andamento da trama – mas o autor faz com que o resto se compense. Kira é uma protagonista interessante – não exatamente uma pessoa com quem você goste ou se identifique, mas uma garota normal. Seus problemas são entendíveis, e o leitor acaba gostando de sua personalidade. Os outros personagens são igualmente bons – todos eles são multifacetados, e eu gostei principalmente de Xochi e Samm. A parte que mais adorei, de fato, foram os pedaços a ver com a ciência – dentro da história ela é muito bem explicada, e Kira sendo médica conseguimos ver isso através de seus olhos. Outra coisa bem legal é que a Kira não é mais uma protagonista ~white girl~ e sim de decendência indiana. Achei isso bacana pra adicionar mais um pouco de diversidade à literatura Young-adult – que vamos combinar, tá precisando, e muito.
                E é claro, a SUPER virada na trama que acontece nas páginas finais. Meu Deus, como não se revirar com tudo que está acontecendo? Apesar de o fim em si não ser muito satisfatório, gostei de onde o autor indica que a trama será levada, principalmente em relação aos Parciais e ao próprio vírus de RM, que causou a doença que matou 99.6% da humanidade. A sociedade que Wells cria também é bem construída e bem escrita, assim como o livro no geral.
                Sobre a edição em português eu não posso dizer muita coisa. Li o livro no kindle e foi um formato agradável, mas não sei como está a diagramação em português e muito menos a tradução.
                Enfim, Partials foi uma leitura bem interessante – recomendo principalmente se você gostar de Young-adult distópicos. Mas não entrem na história esperando um novo Jogos Vorazes nem nada – eu gostei bastante da história, mas não foi algo que me impeliu a falar sobre isso 24 horas por dia. Resta-me ler o próximo da saga daqui a algum tempo e poder contar mais pra vocês.


Nota: 3.5/5


Quote:  “If you can't know the truth, said Isolde, live the most awesome lie you can think off.” 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A Fada

Nome:  A Fada
Autor: Carolina Munhóz
 Gênero:  Fantasia, Romance
Editora: Leya, 255 páginas
Ano de Publicação: 2009


Sinopse:  Alguns jovens ganham presentes caros, passagens aéreas ou festas surpresas em seus aniversários de 18 anos. Melanie Aine ganhou o falecimento do pai, uma estranha tatuagem e a descoberta de que não era um ser humano. Como se tudo isso não fosse suficiente, Melanie ainda descobriu por detrás da enevoada e mística cidade de Londres um mundo fantástico que até poderia ignorar, se não descobrisse ser parte importante dele. Um legado que traz com ele diversas tragédias e problemas pessoais que ela não espera se adaptar, mas não sabe se terá opção. A única parte recompensadora parece ser seu encontro com um homem misterioso, oriundo de uma família bruxa poderosa, cuja relação caminha em uma linha bamba e tênue que separa afeto e fúria. Um afeto que pode levá-la à transcendência e à vida eterna. Uma fúria que pode conduzi-la à morte e ao esquecimento. Dentre muitos feitiços, lutas, criaturas mágicas e eventos sobrenaturais, “A Fada” é uma história de descobertas e superações, sobre como o amor pode fazer várias pessoas redescobrirem a vida e a magia nela.



Resenha:
                Eu até que gostei de “A Fada”. Eu sempre tive um pouco de preconceitos contra a nova literatura brasileira – tive o azar de pegar uns exemplares por aí que me davam até desgosto, mas a paixão e o incentivo para renovar minha fé nessa literatura de hoje foi graças à Anna, que me apresentou “Dragões de Éter” no ano passado. E assim, eu resolvi também dar meu palpite nessa área. Conheci a obra da Carolina na Bienal de 2012, quando comprei o “Inverno das Fadas”, e me apaixonei pela capa e gostei muito da sinopse. Nunca fui muito fã de fadas em geral (a não ser as do Neopets :P), mas resolvi dar uma chance. Aliás, até conheci a autora na Bienal (e fiquei morrendo de raiva por não ter pedido o autógrafo. Fica pra Bienal do ano que vem!). E no começo do ano, finalmente consegui ler o livro, e gostei bastante.  Encontrei algumas dificuldades de estilo, mas que sem dúvida vão melhorar conforme mais obras são publicadas e a autora adquire mais experiência.
                A história de “A Fada” na verdade é bem simples, bobinha até. É um romance – não se deixem enganar pela parte que diz “luta” na sinopse. Não há nada disso – e o diferencial é que é protagonizado pela princesa das fadas. Na verdade, Melanie como personagem não me disse nada. Metade das vezes ela passava o tempo sentindo pena de si mesma, mas eu até que gostei da narrativa rápida. Apesar de ter algumas partes com descrições maçantes, dá para ver o potencial da autora através da narrativa. Melanie tem uma voz bem fluida e consegue carregar a história de forma bem boa, apesar de nada surpreendente. O livro é bem calmo e não possui nenhuma cena de ação – a única que possui eu senti certo deslocamento, como se algo esquisito houvesse acontecido e que não era para estar ali. Foi uma das partes que realmente não gostei, além do fato de o livro ter falta em descrição e cenas de ação em geral (e uma trama de acordo, digamos). Mas como romance, o livro representa bem seu gênero. Temos uma mocinha e um mocinho que apesar de genéricos, são simpáticos, algumas descrições de lugares gerais e cenas que te deixam com um daqueles sorrisinhos na cara.
                O livro é bem curto, chega a ter pouco mais do que duzentas páginas. Eu demorei apenas dois dias para ler, praticamente voando com a leitura. No geral, foi uma coisa bem agradável – e eu gostei muito do final no geral, e como Melanie descobriu sua verdadeira missão. As últimas páginas não me disseram muita coisa, mas achei uma virada interessante na história. O que eu realmente senti falta foram mais descrições sobre o Reino das Fadas, senti que essa parte do cenário acabou ficando muito ofuscada pelas partes do romance, e gostaria que Carolina tivesse explorado um pouco mais – e pra minha sorte, isso acontece no outro livro dela, o “Inverno das Fadas”, que eu recomendo bastante.
                Um dos adicionais ao livro é essa edição maravilhosa que a Leya lançou ano passado. Gente, é uma das capas e das diagramações mais lindas que já tive o prazer de ver, e as borboletas se encaixaram muito bem. O pessoal do design está de parabéns, porque essa edição está simplesmente maravilhosa – tão maravilhosa, de fato, que me convenceu a comprar o livro até quando não tinha direito.
                Em linhas gerais pra concluir, eu gostei do livro, mas não foi uma leitura que me acrescentou em muito. Gostei de umas partes, desgostei de outras, mas não foi um livro com que pude sentir uma conexão nem nada desse gênero. Gostaria que tivesse sido desenvolvido um pouquinho mais, mas no geral uma história bem bacana.


Nota: 2.5/5

Quote:  “Naquele momento minha vida mudava, para nunca mais ser a mesma. O surgimento de uma fada pode fazer coisas assim.”

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Diabo Veste Prada (O Diabo Veste Prada, #1)


Nome:  O Diabo Veste Prada
Autor: Lauren Weisberger
 Gênero:  Chick-lit
Idioma: Portguês
Editora: Record, 416 páginas
Título Original: Devil Wears Prada
Saga:  Devil Wears Prada, #1
Ano de Publicação: 2003

Sinopse:  O mundo da moda não é para iniciantes. Especialmente em Nova York. Para conquistar espaço - o mínimo que seja - é preciso muitas vezes experimentar o pão que o diabo amassou. Ou mesmo vender a alma ao dito-cujo. Mas será que vale a pena tanto sacrifício? Com conhecimento de causa, Lauren Weisberger lança a questão com charme e bom humor em seu romance de estréia, "O Diabo Veste Prada", que revela, em detalhes, histórias de personagens facilmente identificáveis no mundinho fashion de Nova York.


Resenha:
                Eu comecei o Diabo Veste Prada há alguns dias, e devo dizer que gostei bastante. Não é o livro da minha vida nem nada do gênero, mas foi uma leitura muito rápida e divertida. Assisti ao filme anos atrás, e lembrava muito pouco da história – a não ser roupas lindas e surreais, e como Meryl Streep fez um papel ótimo de uma bruxa de primeira.
                Enfim, eu gostei muito do livro no geral. Ele não é um chick-lit comum – na real, praticamente nada de interesse romântico. O Alex e o Christian aparecem brevemente, mas não possuem nenhum impacto real como personagens. Na verdade, a maioria dos personagens fica bem apagado, até mesmo a melhor amiga Lily, em comparação com a personagem de Miranda Priestly. Andrea Sachs, a protagonista, é simpática e irônica, e você acaba rindo de tudo que ela comenta. O livro tem um humor inerente, às vezes me fazendo dar gargalhadas altas no meio do ônibus enquanto estava lendo.
                Apesar de o livro não ser a maior obra prima existente nem nada, foi uma leitura interessante – principalmente por tudo que a Miranda criava de problemas, e ver como a revista costuma funcionar por dentro, ou até mesmo as celebridades e a parte da moda. A rotina de Andrea acaba sendo interessante justamente por não ter uma rotina – cada dia um novo desafio interessante para enfrentar, ou deixa-la louca. Em termos de trama, o livro tem pouca ou quase nenhuma. É simplesmente uma recontagem do trabalho de Andrea desde o dia em que entrou para Runaway até ir embora.
                No geral, o livro não surpreende nem nada – é simplesmente uma leitura que entretém bastante, bem leve, e que não pode deixar de ser engraçada ao mesmo tempo que triste com os sofrimentos de Andrea pela chefe tirana. Gostei da leitura, que é bem leve e rápida, mas ao mesmo tempo não deixa de ser boa.


Nota: 3.5/5


Quote: “As I raced out of the office, I could hear Emily rapid-fire dialing four-digit extensions and all but screaming, 'She's on her way-- tell everyone.' It took me only three seconds to wind through the hallways and pass through the fashion department, but I had already heard panicked cries of 'Emily said she's on her way in' and 'Miranda's coming!' and a particularly blood curdling cry of 'She's baaaaaaaaaaaaaaaaaaaack!”